terça-feira, 28 de junho de 2011

Indicação de blog: Alice Pyne's Bucket List

Na coluna do lado direito, estou adicionando hoje o quadro "Minha lista de blogs".

Só "largar" o link ali do lado, sem uma breve apresentação do que se trata, pra mim, parece falta de educação.

Seria como eu convidar um amigo pra minha casa, e, na sua chegada, dizer pra ele "ficar por ai", sem antes apresentar ele pra ninguém. Muio chato.

Então, pra estrear bem, indico, hoje, o blog de uma linda garota inglesa, chamado


Alice's Bucket List.

Vou deixar ela mesma se apresentar (em tradução livre).

"Eu tenho 15 anos e tenho câncer terminal. Criei um lista de coisas que eu ainda quero fazer na vida... algumas são possíveis, outras vão permanecer no sonho. Meu blog é para documentar esse tempo precioso com minha família e amigos, fazendo as coisas que quero fazer.
Você só tem uma vida... Viva!
"

O blog foi criado em 06 de Junho de 2011 (há três semanas), e ela vem conseguindo realizar alguns dos seus desejos. E vem nos informando a cada conquista.
É muito divertido, sincero e emocionante.


Sua lista (os que faltam fazer):
  • Convencer todo mundo a se inscrever para se tornar doador de medula óssea
  • Fazer uma viagem ao Quênia
  • Fazer um sessão de fotos com minhas amigas Milly, Clarissa, Sammie e Megs
  • Ter uma sessão particular de cinema para mim e minhas melhores amigas
  • Passar uma noite num trailer
  • Virar uma treinadora de golfinhos
  • Ir para o Cadbury World e comer toneladas de chocolate
  • Tirar uma foto legal com a Mabel
  • Me hospedar no quarto chocolate do Alton Towers
  • Sair pra ver as baleias

E esses desejos são os que ela já realizou:
  • Ganhar um penteado legal
  • Ganhar uma massagem
  • Conhecer a banda Take That
  • Ganhar um iPad roxo
  • Desenhar uma Caneca Emma Bridgewater Mug para vender para caridade
  • Inscrever Mabel (minha Labrador) em um concurso
  • NADAR COM TUBARÕES
Este último era um dos considerados "impossíveis", por causa do seu estado da doença.
Mas, na semana passada, quando ela menos esperava, estava enfiada num escafandro e mergulhando com tubarões de três metros de comprimento, num parque em alto mar chamado Deep Sea World!
É ou não é fantástico?

Essa história nos faz pensar umas coisas, não é?
O que estamos fazendo das nossas vidas?
O que você está fazendo da sua?

E você? Vai esperar ter um câncer terminal pra começar a correr atrás daquilo que você, e só você, deseja?

domingo, 26 de junho de 2011

Viagem a Santiago do Chile - Dia 4


Conversando com o pessoal da cidade, e da internet, acabamos desistindo de subir o Valle Nevado.
Muito sofrimento pra sequer pisar neve! Teria que ir às 8h da manhã e voltar só às 17h! Só pra ver uma montanha, num frio danado, sem poder esquiar! Não valia a pena.
Além do mais, a forma mais "em conta" ainda seria pegar um metro até a estação Escuela Militar, pegar uma van da SkiTotal, na Avenida Apoquinos, por 9500 pesos por pessoa. Lá chegando, depois de passar mal por subir a 3000 metros de altitude, a depender do frio, poderia ter que alugar uma roupa, por 15.000 pesos cada.
Ora, se tivesse neve e esqui, eu iria.

Então, resolvemos passear mais por Santiago.

Fomos numas lojas muito legais, chamadas Paris e Ripley. Compramos um pouquinho, que ninguém é de ferro. Lojas de departamentos gigantes, de vários andares. Produtos de marca originais, tudo em geral por 50-60% do preço no Brasil.

Os tais "cafes con piernas" que os guias turísticos falam como uma "criação original chilena" me pareceram mesmo umas casas da luz vermelha disfarçadas. Abri a porta (vidro fumê!) de um deles, vi umas mulheres de sainha e bustiê fosforescentes.
Demorei um pouco com a porta aberta, uma delas veio e disse: "señor, se no vai entrar, no puede ficar mirando", ou algo assim, e fechou a porta. Eheh!
Fiquei decepcionado, porque eu tinha entendido, pela net, que eram lugares mais comportados. Se exitem os tais "cafes con piernas" comportados, eu não encontrei. :)

À noite, resolvemos ir num jantar-show folclórico.
O Bali-Hai, o mais famoso, estava lotado.
O segundo melhor dos três, segundo a gerente do hotel, a Maria José, era o "Los Adobes de Argomedo", a duas quadras do hotel.
O terceiro seria o Los Buenos Muchachos, no centro.

Reservamos e fomos no segundo, que adoramos. O cardápio é a la carte, mas tem uma consumação mínima de 12500 pesos (uns 50 reais, ou 25 dólares) por pessoa. Os outros dois têm menus fechados, tipo "da entrada ao café".

Depois do show, que incluía danças folclóricas, quadrilha, danças da ilha de Páscoa, tinha uma banda muito boa, que tocou todos os ritmos latinos (salsa, merengue, cumbia, bolero), e sucessos dos anos 60, 70, 80 e 90

E o apresentador comediante cantou "Feliz cumpleanõs", lá do palco, a meu pedido, para mi mujer!

Belo encerramento!

Chile: yo recomiendo!!


E o final.

Dançamos até fechar o restaurante, quase três da manhã, voltamos pro hotel a duas quadras, andando mesmo, com vinhos e pisco sour na cabeça.

Uma hora depois, fizemos o checkout, o hotel chamou um coche (não era taxi oficial) que custou 15000 pesos de novo.

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Entramos nas farmácias Cruz Verde, e na Ahumada, pra comprar uns cremes, que amigas pediram. Eram a metade do preço do Brasil.

Um segurança da farmácia nos abordou, sorridente, perguntando... se seguranças de farmácia brasileiras trabalhavam armados.
Respondemos que legalmente, não; só polícia anda armada, até onde sabemos.
Ele disse que a polícia lá, chamada "Carabineros del Chile", não anda armada, e que nunca teve assalto na farmácia dele; o máximo que acontecia, raramente, era algém tentar furtar alguma coisa, enfiando no casaco.

Então, como meu portunhol tava meio enrolado, ele perguntou - ah! - se não podíamos conversar em inglês...
E nos disse: "Welcome to Chile! Nosotros ficamos muy felizes em recebê-los" (ou algo assim).
Imagina, o segurança da farmácia!!!
O Chile é f***!

O Oceano Pacífico





Dia 3: Viña del Mar e Valparaiso

Depois de mais uma pesquisa no orkut (valeu, comunidade "Santiago Chile - Turismo"!), eu sabia que o modo mais "independente" de chegar ao litoral seria ir à rodoviária central, que fica na estação de metrô Universidad Santiago, e pegar o autobus.

Lá chegando, fomos abordados por uma funcionária de uma agência local chamada Rodotur. Era bem educada, mas falava rápido, naquela empolgação de vendedora, e eu custei a entender o que dizia. Finalmente, ela conseguiu nos levar à sua agência, onde compramos cada passagem de ida e volta por 5000 pesos (20 reais, ou uns 10 dolares). Se comprasse no guichê, a ida separada, sairia por 7000.

E fechamos um tour pelas duas cidades por 15.000 por pessoa.

Foi o melhor que fizemos!
Viña e Valpo, como eles chamam, são enormes! Você não vai conseguir ver tudo se tentar ir só, pela primeira vez. Essa é a verdade.
E achamos 15.000 (30 dolares) um preço justo, por uma van com guia que te leva a todos os pontos de interesse, inclusive a linda praia de Reñaca.

Só pra comparar. um grupo de 04 pessoas que conhecemos no hotel alugou um carro por 60.000 pesos pra conhecer Viña e Valpo por conta própria. Não conseguiram, falaram que passaram correndo por Valpo, porque "não tinha dado tempo".

Vimos TUDO que queríamos ver.
O relógio de flores e o cassino.
A casa de Pablo Neruda (mais uma!...), a "La Sebastiana". Ontem, em Santiago, tínhamos ido na "La Chascona".
















A estátua da Ilha da Páscoa.




















La playa de Reñaca.
















O tour acabou no Cerro Artilleria, que subimos de "funicular", e onde abandonamos a van, que foi deixar o pessoal na rodoviária de volta. Não fomos embora com eles, preferimos ficar no restaurante "Cafe Arte Mirador". Uma vista fantástica do porto.
Todo mundo no carro ficou com o olho desse tamanho pra gente.
- Como assim, vocês vão ficar?!
- Vamos, depois a gente vai.
- Como vocês vão voltar?
- De ônibus, depois a gente acha a rodoviária de volta.

Tomamos a Cerveza del Puerto, que é fabricada lá, e parece que só vende por lá. Saborosa!. Tem três sabores: a Barba Roja, a Barba Negra e a Barba Rubia. Tem a cara do pirata parecendo o do filme do Jack Sparrow.
Só não tomamos a Rubia, que trocamos pela Austral (a cerveja fabricada mais ao sul do mundo!).
E comemos pastel de Macha.

E ficamos amigos do pessoal do restaurante, dois senhores e uma senhora, que disseram pra gente ir de buzu (ônibus, em baianês) mesmo pra rodoviária, quando saímos, já de noite.
Foi o que fizemos, pagamos 200 pesos a passagem (50 centavos!), e fomos embora de autobus.

Dia lindo!

sábado, 18 de junho de 2011

E mais fotos - Santiago do Chile

























Até agora, só foram as dos dias 1 e 2.

Mais fotos - Santiago do Chile




































Viagem a Santiago do Chile - Dia 2









Fomos conhecer uma vinícola. Escolhemos a mais famosa: Viña Concha y Toro.


Primeiro, pensávamos que ia ter que contratar uma agência, caríssimo, uns 20.000 pesos (tipo 80 reais, ou 50 dólares por pessoa)! Mas, descobrimos que se podia ir de metrô!

Economizamos uma nota, e ainda repassamos a dica pra vários outros brasileiros que estavam no hotel, que ficaram agradecidos e viraram amigos.
Tirei onda!

Então, morreu em 1000 pesos de metrô, 3000 de táxi, que tem que pegar em Las Merces, e 2000 pra voltar. Pra voltar, é mais barato, porque você pede pra descer em Puente Alto, que é uma estação mais perto da vinícola.
Mas, atenção: não adianta tentar descer em Puente Alto na ida, pra economizar 1000 pesos: você pode não conseguir taxi! Êêêêê, casquinhagem!...

Paguei 5950 pesos para entrar. O preço normal é 7000, mas eu tinha um folheto que dava desconto de 15%, que eu achei... no próprio balcão da bilheteria da vinícola! E só tinha um! Acho que alguém deve ter esquecido lá.
Eles deixam fotografar, filmar, mas eu pensava que ia beber muito mais vinho...

Só nos deram duas taças cada um, uma de Gran Reserva e uma de Don Melchor.

Uma garrafa desse último custa quase 500 reais por aqui; mesmo lá, custava 128 dólares.

Só a taça dele, que você toma, já paga os 7000 da entrada! E vale muito a pena o tour.

Existem várias outras vinícolas por lá, mas, pra gente, uma só, tava bom. Dizem que são todas iguais, pra quem não é eno-aficionado.

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Na saída, fomos a Bellavista, um bairro bem elegante, onde almoçamos uma "parrillada flamenca" no restaurante "El Tablao".
Quem nos atendeu foi um garçom brasileiro (baiano!) chamado Junior.
Todo os chilenos da rua adoravam ele.
Entravam, abraçavam ele, ou então gritavam da rua, e até dos carros: "Ola, Junior!".

Repito: os chilenos, me parece que são LOUCOS por brasileiros!
Uma vez, vinha um senhor com a cara fechada, e eu pedi uma informação de onde encontrava o tal funicular, pra subir o Cerro San Cristobal (o Pão de Açúcar deles).
Ele logo abriu um sorrisão: "ustedes son brasileños?", e nos ensinou detalhadamente como encontrar o trenzinho, que fica meio escondido.