domingo, 26 de junho de 2011

Viagem a Santiago do Chile - Dia 4


Conversando com o pessoal da cidade, e da internet, acabamos desistindo de subir o Valle Nevado.
Muito sofrimento pra sequer pisar neve! Teria que ir às 8h da manhã e voltar só às 17h! Só pra ver uma montanha, num frio danado, sem poder esquiar! Não valia a pena.
Além do mais, a forma mais "em conta" ainda seria pegar um metro até a estação Escuela Militar, pegar uma van da SkiTotal, na Avenida Apoquinos, por 9500 pesos por pessoa. Lá chegando, depois de passar mal por subir a 3000 metros de altitude, a depender do frio, poderia ter que alugar uma roupa, por 15.000 pesos cada.
Ora, se tivesse neve e esqui, eu iria.

Então, resolvemos passear mais por Santiago.

Fomos numas lojas muito legais, chamadas Paris e Ripley. Compramos um pouquinho, que ninguém é de ferro. Lojas de departamentos gigantes, de vários andares. Produtos de marca originais, tudo em geral por 50-60% do preço no Brasil.

Os tais "cafes con piernas" que os guias turísticos falam como uma "criação original chilena" me pareceram mesmo umas casas da luz vermelha disfarçadas. Abri a porta (vidro fumê!) de um deles, vi umas mulheres de sainha e bustiê fosforescentes.
Demorei um pouco com a porta aberta, uma delas veio e disse: "señor, se no vai entrar, no puede ficar mirando", ou algo assim, e fechou a porta. Eheh!
Fiquei decepcionado, porque eu tinha entendido, pela net, que eram lugares mais comportados. Se exitem os tais "cafes con piernas" comportados, eu não encontrei. :)

À noite, resolvemos ir num jantar-show folclórico.
O Bali-Hai, o mais famoso, estava lotado.
O segundo melhor dos três, segundo a gerente do hotel, a Maria José, era o "Los Adobes de Argomedo", a duas quadras do hotel.
O terceiro seria o Los Buenos Muchachos, no centro.

Reservamos e fomos no segundo, que adoramos. O cardápio é a la carte, mas tem uma consumação mínima de 12500 pesos (uns 50 reais, ou 25 dólares) por pessoa. Os outros dois têm menus fechados, tipo "da entrada ao café".

Depois do show, que incluía danças folclóricas, quadrilha, danças da ilha de Páscoa, tinha uma banda muito boa, que tocou todos os ritmos latinos (salsa, merengue, cumbia, bolero), e sucessos dos anos 60, 70, 80 e 90

E o apresentador comediante cantou "Feliz cumpleanõs", lá do palco, a meu pedido, para mi mujer!

Belo encerramento!

Chile: yo recomiendo!!


E o final.

Dançamos até fechar o restaurante, quase três da manhã, voltamos pro hotel a duas quadras, andando mesmo, com vinhos e pisco sour na cabeça.

Uma hora depois, fizemos o checkout, o hotel chamou um coche (não era taxi oficial) que custou 15000 pesos de novo.

--------

Entramos nas farmácias Cruz Verde, e na Ahumada, pra comprar uns cremes, que amigas pediram. Eram a metade do preço do Brasil.

Um segurança da farmácia nos abordou, sorridente, perguntando... se seguranças de farmácia brasileiras trabalhavam armados.
Respondemos que legalmente, não; só polícia anda armada, até onde sabemos.
Ele disse que a polícia lá, chamada "Carabineros del Chile", não anda armada, e que nunca teve assalto na farmácia dele; o máximo que acontecia, raramente, era algém tentar furtar alguma coisa, enfiando no casaco.

Então, como meu portunhol tava meio enrolado, ele perguntou - ah! - se não podíamos conversar em inglês...
E nos disse: "Welcome to Chile! Nosotros ficamos muy felizes em recebê-los" (ou algo assim).
Imagina, o segurança da farmácia!!!
O Chile é f***!

Nenhum comentário:

Postar um comentário